Música faz bem a alma da gente. Algumas, sabe lá o porquê, anestesiam os problemas e trazem naturalmente o sorriso. Hoje trago a minha música, a que me faz bem demais da conta. E é claro traz em sua poesia a natureza. Viva Cartola!!!
Alvorada
Composição: Cartola / Carlos Cachaça / Hermínio Bello de Carvalho
Alvorada lá no morro, que beleza
Ninguém chora, não há tristeza
Ninguém sente dissabor
O sol colorindo é tão lindo, é tão lindo
E a natureza sorrindo, tingindo, tingindo
( a alvorada )
Você também me lembra a alvorada
Quando chega iluminando
Meus caminhos tão sem vida
E o que me resta é bem pouco
Ou quase nada, do que ir assim, vagando
Nesta estrada perdida.
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
O porquê do post abaixo
Um dos frutos gerados pelas organizações q Saramago menciona.
Desastre no golfo. Descaso da British Petroleum (BP).
Para refletir : Democracia segundo José Saramago
Aqui está um dos melhores trechos do filme 'Encontro com Milton Santos ou O Mundo Global Visto do Lado de Cá, de Silvio Tendler (Brasil, 2006)'.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Filosofia Zen
gyozui no
sutedokoro naki
mushi no koe
nenhum lugar
para jogar a água do banho
som de insetos
Uejima Onitsura
Nas casas tradicionais no Japão, não havia sistema de encanamento de água, desta forma, a água do banho tinha de ser jogada para fora. O poeta, então, ouvindo o som de insetos se preocupa, não quer pertubá-los.
sutedokoro naki
mushi no koe
nenhum lugar
para jogar a água do banho
som de insetos
Uejima Onitsura
Nas casas tradicionais no Japão, não havia sistema de encanamento de água, desta forma, a água do banho tinha de ser jogada para fora. O poeta, então, ouvindo o som de insetos se preocupa, não quer pertubá-los.
sábado, 24 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Esse é o cara
Ney Matogrosso
Ontem fui a um dos melhores shows da minha vida e para a minha surpresa este tinha um certificado de neutralização de carbono. E mais ... toda emissão de carbono gerada na produção do cd 'Beijo Bandido', também, foi revertida no plantio de mudas de espécies nativas da Mata Atlântica.
quinta-feira, 15 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
Para o Dia Mundial do Rock
A Rainha do rock brazuca : Rita Lee Jones
Baila Comigo
Se Deus quiser, um dia eu quero ser índio
Viver pelado, pintado de verde num eterno domingo
Ser um bicho preguiça e espantar turista
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia acabo voando
Tão banal, assim como um pardal, meio de contrabando
Desviar de estilingue, deixar que me xinguem
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, banho de sol
Baila comigo, como se baila na tribo
Baila comigo, lá no meu esconderijo
Se Deus quiser um dia eu viro semente
E quando a chuva molhar o jardim, ah, eu fico contente
E na primavera vou brotar na terra
E tomar banho de sol, banho de sol, banho de sol, sol
Se Deus quiser um dia eu morro bem velha
Na hora "H" quando a bomba estourar quero ver da janela
E entrar no pacote de camarote
Disco "Rita Lee" / 1980
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro
Tereza Rita Lopes, Fernando Pessoa - Coleção Melhores Poemas, 162p.
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.
Alberto Caeiro
Tereza Rita Lopes, Fernando Pessoa - Coleção Melhores Poemas, 162p.
Quanta tristeza e amargura afoga
Em confusão a 'streita vida!
Quanto infortúnio mesquinho
Nos oprime supremo!
Feliz é o bruto que nos verdes campos
Pasce, para si mesmo anônimo e entra
Na morte como em casa;
Ou o sábio que, perdido
Na ciência, a fútil vida austera eleva
Além da nossa, como o fumo que ergue
Braços que se desfazem
A um céu inexistente.
Ricardo Reis
Teresa Rita Lopes, Fernando Pessoa - Coleção Melhores Poemas, p.144
Em confusão a 'streita vida!
Quanto infortúnio mesquinho
Nos oprime supremo!
Feliz é o bruto que nos verdes campos
Pasce, para si mesmo anônimo e entra
Na morte como em casa;
Ou o sábio que, perdido
Na ciência, a fútil vida austera eleva
Além da nossa, como o fumo que ergue
Braços que se desfazem
A um céu inexistente.
Ricardo Reis
Teresa Rita Lopes, Fernando Pessoa - Coleção Melhores Poemas, p.144
domingo, 11 de julho de 2010
Memórias de infância
Lindas as ilustrações de André Neves. Com certeza é na infância que despertamos para a natureza, da forma mais lúdica e gostosa que existe. Fui até o meu baú da memória e fui buscar os livros infantis, que mais me marcaram. A memória não é muito boa, mas veio na hora a série 'Cachorrinho Samba', de Maria José Dupré. Os preferidos: 'O Cachorrinho Samba na Floresta' e 'O Cachorrinho Samba na Fazenda'. Procurei e achei uma capa (ilustração) antiga e atual (muito sem graça). É incrível a identificação, que fica e toca o coração.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtc_Pz2F0OgnPgfnch7u30BcoGVMdmvPloSctpC-iChEvO8ds6r4Q8GL19i0f9FIvi2qMeLEtgcos666nzUyNUh11qPLC1VUGs8Ad_tzkemsG3FQfl0GnYjOwue1yrpNRw0iMtnVatgkbm/s400/54183.jpg)
A nova ilustração...cachorro estranho.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKQi6EUaPIJTylYIJp3ZYrxedk8zJbcxafUpBtyUoKi6d759QoFkxwyPCmtXAzaHvkfze_fscFGWtzbzMoDSa5dvBdpP18NnbuVrgiqqqJjfsTmCBljo8RDciL0VExUctLdEoBXlZZElhk/s400/63840.jpg)
Olha que cãozinho valente.
sábado, 3 de julho de 2010
Apaixonantes ipês de BH e Paulo Leminski
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4Tl-WT6tEbcmxs3rS_rI9jNjIcUdaoTufrTEyIBuLkvA-REXgctzFuHH0WM3JX8B2djsT3PCYRaGFyHMXUtjFPrrsKrv4b5ZjkEmerF_SWKf4E8Y7CbwZ1BR9hDPzgI9B52yDBQQgzpBW/s400/ipeblog1.jpg)
Fotos: Renata
tarde de vento
até as árvores
querem vir pra
dentro
Paulo Leminski
inverno é
tudo que sinto
viver é
sucinto
Paulo Leminski
Você está tão longe
que às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
Paulo Leminski
que às vezes penso
que nem existo
nem fale em amor
que amor é isto
Paulo Leminski
Razão de ser
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Escrevo. E pronto.
Escrevo porque preciso,
Preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
E as estrelas lá no céu
Lembram letras no papel,
Quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias.
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Paulo Leminski
Ai daqueles
ai daqueles
que se amaram sem
nenhuma briga
aqueles que deixaram que a mágoa nova
virasse chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é feito pão em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não por que não tem asa.
Paulo Leminski
ai daqueles
que se amaram sem
nenhuma briga
aqueles que deixaram que a mágoa nova
virasse chaga antiga
ai daqueles que se amaram
sem saber que amar é feito pão em casa
e que a pedra só não voa
porque não quer
não por que não tem asa.
Paulo Leminski
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